Após a leitura do texto "Animação cultural", a primeira ideia que me impressionou está relacionada à importância dos objetos como animadores e modeladores da vida humana. Isso pode ser facilmente observado no cotidiano, ao ouvirmos considerações como "é impossível viver sem internet" ou "não consigo imaginar um dia sem computador". Os objetos, mais do que criações auxiliadoras dos homens, se tornam produtores de sentido para a vida, fontes de trabalho, objetos de sonho e, portanto, dependência. Já a segunda ideia é relativa à relação triangular entre os fenômenos animados, inanimados e culturais, em que os dois primeiros geram o terceiro, que, por ser condicionado pelos precedentes, pode ser compreendido de duas formas. Essa maneira de compreender os objetos pode ser aplicada a tudo à nossa volta, descortinando a relação dos indivíduos com seu meio e as necessidades e demandas de criação.
Por outro lado, pode-se considerar, como foi proposto em sala, que a concepção que valoriza o objeto como elemento central da vida na atualidade é equivocada, considerando, portanto, a revolução simbólica, da qual trata o texto, um exagero. Essa crítica, ainda que pertinente, se enfraquece ao considerarmos um outro texto produzido em sala, no qual se defende a ideia de que os objetos, ainda que inanimados, são capazes de "animar" os indivíduos, transformando-se em elementos centrais na produção de cultura e no cotidiano do século XXI. Desse modo, os objetos, ainda que criações humanas, têm tomado papel tão importante na vida que parecem inverter os papéis com seus criadores, como expõe o texto: "Em vez de funcionarmos (nós objetos) em função da humanidade, esta passa a comportar-se em função do nosso próprio funcionamento".
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