Inicialmente, o grupo, formado por Pedro Zanatta, Maurílio Cruz Balthazar e Daniel, se deparou com o desafio de ocupar o espaço liso do fundo da escada. Diante disso, pensou-se em projetar imagens e videos nesse local, o que, para isso, exigia a presença de cortinas de pano que criassem um espaço escuro o suficiente para isso. O problema dessa ideia inicial era a impossibilidade de uma interferência do público, um caráter programático, tornando-o mero "expectador".
A fim de preencher o espaço liso da escada e permitir um maior grau de interatividade, a nova proposta é de realizar um acoplamento de fitas, que terão em seu fim peças de papelão com palavras aleatórias, amarradas no corrimão da escada, de modo a formar, inicialmente, uma cortina de panos de diversas cores. Dizemos "inicialmente" porque haverão outras fitas, essas amarradas transversalmente ao fundo da escada, que servirão de "linhas" para a acomodação das primeiras, amarradas aos corrimões. Essas tiras, então, poderão ser utilizados livremente, formando frases, linhas ou esquemas de cores (e com isso, poemas dadadístas como os de Tristan Tzara?), uma parte pode ser deixada "em cortina", algumas fitas podem ser amarradas ou entremeadas nos corrimões. Uma diversidade de manipulações pode ser realizada, ampliando possibilidades "programáticas" de interação, com a vantagem de não haver a delimitação de um espaço fixo e obstacularizante da "sala de projeção", formando, ao contrário, um todo maleável e aberto ao acaso.
Os materiais utilizados, desse modo, serão fitas de pano de diversas cores, que serão amarradas aos corrimões, e peças retangulares de papelão, que serão coladas às tiras e onde serão escritas as palavras. Todos os materiais são de fácil manejo e a estrutura será leve e não precisará suportar qualquer tipo de esforço considerável, sendo acoplada sobre uma base já existente. Assim, o conjunto torna-se de possível execução.
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