A composição 3D que representa o
Hall, feita por Nathália Mendes, utilizou o papel como material principal, sob
o qual desenvolveu dobraduras (folding techniques). As formas conseguidas com
as dobraduras remetem, de maneira clara, à escada em curva, elemento do hall
que mais influenciou a confecção do objeto, pela repetição e entrelaçamento
dessas formas alusivas. Por outro lado, outro elemento do espaço que se
encontra representado na composição foi o piso de mármore, que intercala o
preto e o branco, as cores utilizadas no objeto. Desse modo, cria-se uma
composição que joga com as concepções de “dentro e fora” e que permite a
observação por vários ângulos, apesar de a definição de uma base restringir
essa gama de perspectivas de visualização. A obra adquire, pelo conjunto de
características apontadas, uma expressividade e interesse visual que aponta
para sua tridimensionalidade, embora também possua uma limitação relacionada às
capacidades interativas, tornando-se mais um objeto que tem por finalidade a
observação do que um campo aberto para multiplicidade e imprevisibilidade no contato
com o público. Ou seja, um objeto construído sob a perspectiva da “finalística”,
e não da “programática” de Flusser.
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